Com a alma de inverno
fui procurar-me na primavera e voltei
os olhos perfumados de camélias altivas
e as mãos nervosamente suspensas
sobre o tacto prometido
não sou predestinável a viagens impossíveis
tenho o treino e a teimosia dos navegadores solitários
que nunca recuam
perante os mais íntimos horizontes do medo.
Improviso sobre o regresso...
5 de fevereiro de 2005