Não há mãos que triunfem sobre as palavras
nem as mãos que te acordassem dessa tela
onde quase repousas
não há mãos nem chicotes nem algemas
o teu corpo pede agora viagens imateriais
exige o cárcere sem grades
suplica evidências que neguem a superfície do espelho
já quase obedeces apenas a ti própria
um pouco mais de submissão e
poderás conceder-te finalmente a liberdade
de voares nas minhas asas.
Improviso para voar sobre o atlântico...
26 de dezembro de 2006