Improviso para explicar tudo ao contrário...

15 de agosto de 2006

A porta abre-se para o mar
e é do mar que tu vens
como se os teus braços fossem ondas
e tudo afinal fizesse sentido
nessa ausência ilíquida de formas
um corpo suspenso sobre um horizonte
de renúncias
a âncora subindo de ti
em direcção às nuvens que te esperam
e a bússola talvez nos teus olhos
parada exactamente nesse ponto
em que tudo começa.