Confidencias-me diariamente
o medo e o orgulho do sofrimento
lentamente
desapossas-te do corpo que te serviu
e agora serve apenas
espantosa viagem essa
do alto-mar para o cais dos espinhos
o universo em ti todo a nado
metáfora de uma paixão talvez sem falhas.
Improviso confidencial...
29 de dezembro de 2006